sábado, 2 de julho de 2011

                                            SAGRADO CORAÇAO DE JESUS





      A devoção ao Sagrado Coração de Jesus consiste primariamente na consideração e aceitação da inexaurível fonte de misericórdia e de amor de Deus por nós através do coração trespassado de Cristo.
            O Sagrado Coração de Jesus simboliza o amor de Deus por nós de maneira humana, concreta, profunda e atractiva.
            Esta devoção nasceu primeiramente no século XII.
            Enquanto os teólogos, como S. Boaventura, deram o nome a esta devoção, ela foi propagada primariamente através das experiências e dos escritos dos místicos, como Santa Matilde de Madburgo, Santa Juliana da Noruega e Santa Catarina de Sena.
No século XVII teve um grande incremento e muita popularidade e foi objecto de uma especial devoção.
            Tanto S. Francisco de Sales como S. João Eudes, foram os grandes promotores.
            A religiosa Visitandina Santa Margarida Maria Alacoque teve visões especiais do Sagrado Coração de Jesus em (1673-1675) em Paray-le-Monial e recebeu um conjunto de 12 promessas que viriam a ter uma grande influência na devoção popular católica ao Sagrado Coração de Jesus.
            A devoção ao Sagrado Coração de Jesus foi, na verdade, um meio providencial para a renovação da vida cristã.
            O Protestantismo no século XVI e o Jansenismo no século XVII haviam, com efeito, desfigurado uma das verdades essenciais do Cristianismo, o amor de Deus para com todos os homens.
            Tornava-se, por isso, necessário que o Espírito de amor, que dirige a Igreja, encontrasse um meio, que permitisse à Esposa de Cristo impedir a infiltração da heresia.
            E a devoção ao Coração de Cristo foi esse meio providencial, pelo qual o Povo de Deus reagiu contra a concepção excessivamente rigorista das relações entre Deus e o homem - concepção que, levada às suas últimas consequências, seria o renascer da ideia pagã de um Deus vingador e, portanto, a anulação da história da salvação e da incessante misericórdia divina.
            Liturgicamente, a observância da festa do Sagrado Coração de Jesus foi autorizada pela Igreja em 1765 pelo papa Clemente XIII e, a partir daí, difundida pelos papas Pio IX, Leão XIII, e Pio XI.
            Em 1856 Pio IX (1846-1878) estendeu a festa do Sagrado Coração de Jesus a toda a Igreja.
            Em 16 de Junho de 1875, consagrou o mundo católico ao Sagrado Coração de Jesus.
            Em 1928 Pio XI (1922-1939), definiu a festa do Sagrado Coração como a característica do seu tempo.
            Em resposta às visões da irmã Droste-Vishering, e seguindo o exemplo do seu antecessor, Leão XIII, no Ano Jubilar de 1900, consagrou de novo a raça humana ao Sagrado Coração de Jesus.
            Depois da reforma Litúrgica do Concílio Vaticano II a festa do Sagrado Coração de Jesus começou a ser celebrada como Solenidade na Sexta-Feira da segunda semana depois do Pentecostes, na Sexta-Feira depois da festa do Corpo de Deus..
             Em relação com esta devoção andam :
-          Primeiras Sextas-Feiras de 9 meses consecutivos.
-          Apostolado da Oração.
-          Cruzada Eucarística das Crianças.
-          Hora Santa.
-          Promessas do Sagrado Coração de Jesus.
-          Solenidade do Sagrado Coração de Jesus que este ano é no dia 1 de Julho.
           
            Santa Margarida Maria Alacoque.
            Nasceu em França em 1647 e, como seu pai faleceu quando ela tinha 8 anos, mandaram-na para uma escola do convento.
            Era muito piedosa e fez a Primeira comunhão com 9 anos, o que não era vulgar naquele tempo.
            Dois anos depois voltou para casa por motivos de doença e esteve retida no seu leito vários anos.
            Quiseram que ela se casasse mas ela sempre recusou e aos 24 anos entrou na clausura da Visitação do convento de Paray-le-Monial.
            Entre 1673 e 1675 teve uma série de visões de Deus, pedindo a devoção ao Sagrado Coração de Jesus com um conjunto de 12 promessas.
            Quando ela contou as suas visões à Madre Superiora, ela não acreditou, tratando-a com desprezo e humilhação, e também sofreu semelhantes humilhações das irmãs da Comunidade.
            Mas um dia, quando, pela oração humilde obteve a cura de uma enfermidade mortal, a superiora foi levada a acreditar.
            Quando foi nomeada outra Superiora, Margarida foi escolhida para Mestra das Noviças e aproveitou esta posição para divulgar a devoção ao Sagrado Coração de Jesus.
            Durante vários anos a Comunidade celebrou a festa do Sagrado Coração de Jesus no dia 21 de Junho e foi construída uma capela em honra do Sagrado Coração de Jesus.
            Esta devoção e esta festa passaram para outros conventos em toda a França até que a Igreja a estendeu a todo o mundo.
            Santa Margarida faleceu em 1690 e foi canonizada em 1920 por Bento XV (1914-1922).
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            O Mistério do Coração de Cristo é o caminho para a plena libertação do homem, libertação tantas vezes  procurada através de caminhos que só conduzem à degradação da mesma dignidade humana.

                                                          John
                                             Nascimento
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Fiquem com Deus,

Catequista Bruno Velasco
http://www.catequistabruno.com/
Do grupo catequistas virtuais.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

29 de junho dia de Sao Pedro!!!

 
                                                         São Pedro


São Pedro (10 a.C – 67 d.C) nasceu na Galiléia e é considerado o primeiro Papa da Igreja Católica. Teve sua história registrada nos evangelhos de João, Lucas, Mateus e Marcos. Teria sido o escolhido de Jesus para propagar a fé cristã.
São Pedro foi preso pelo rei Agripa I e enviado a Roma, onde liderou uma comunidade religiosa que seria a base da Igreja Católica Romana. Teria sido executado por ordem de Nero. Acredita-se que está enterrado sob a Catedral Basílica de São Pedro, no Vaticano (Itália).
São Pedro é considerado um santo especial no Nordeste, por ser o santo que traz as chuvas da estação e  "irriga" as plantações. Há uma crença popular que diz que se no dia de São Pedro, 29 de junho, chover, a colheita será farta. 

Os Santos, Maria, Imagens e Idolatria

Os Santos, Maria, Imagens e Idolatria 
Na Comunhão dos Santos louvamos Maria, a Mãe de Jesus
A Bíblia nos ensina que Deus é três vezes santo, só Ele é santo. Deus comunica a santidade, é um Deus santificador e deseja um povo santo: ”Sede santos, porque eu, Javé, sou santo” (Levítico 19,2;20,26). A santidade de Jesus é idêntica à santidade de seu Pai Santo (João 17,11). Jesus santifica os cristãos; o Espírito Santo é o agente santificador dos cristãos. Jesus vai recomendar: “Sede perfeitos como vosso Pai celeste é perfeito“ (Mateus 5,48). Portanto, a santidade é vocação de todo cristão: “A vontade de Deus é esta: a nossa santificação” (1 Tessalonicenses 4,3).

Ser santo é cumprir a vontade de Deus em nossa vida. Santos são, portanto, todos aqueles que vivem o Evangelho e, de forma toda especial, os que já se encontram hoje na casa do Pai. Os santos não ocupam o lugar de Deus, não são inventados pelos homens, não são deuses, mas criaturas de Deus, a quem Deus privilegiou com um amor especial, e viu este amor ser correspondido. Eles só são reconhecidos como santos porque foram amigos íntimos do único Deus que os santificou. Os santos são heróis da fé vivida no amor, fé no único Deus verdadeiro, o Deus revelado em Jesus Cristo.

Nenhum católico adora os santos, mas os respeita e venera como amigos de Deus. Este respeito e veneração vêm da fé na ressurreição, pois os que morrem no Senhor estão com Ele. Vêm da fé na “comunhão dos santos”: os santos intercedem por nós diante de Deus. A Bíblia nos mostra que Deus opera milagres pela intercessão dos santos. Um exemplo é a cura do coxo de nascença, operada por São Pedro e São João, junto à porta do Templo: “Não tenho nem ouro nem prata, mas o que tenho isto te dou. Em nome de Jesus Cristo Nazareno, levanta-te e anda” (Atos 3,1-9). E a Bíblia apresenta outros inúmeros exemplos afirmando que “Deus fazia não poucos prodígios por meio de Paulo” (Atos 19,11-12). Jesus é nosso único mediador entre Deus e os homens, e Ele disse: ”O Pai dará a vocês tudo o que pedirdes em meu nome” (João 15,16).

Um santo só opera em nome de Jesus, porque só em Jesus está a fonte da graça e a força de Deus.,Os santos não estão em oposição ao Senhor.,Ao contrário, colocam em evidência a glória e santidade de Jesus Cristo, cabeça da Igreja e nosso único salvador. Pois foi Jesus mesmo quem afirmou: ”Eu garanto a vocês: quem crê em mim, fará as obras que eu faço, e fará maiores do que estas, porque eu vou para o Pai” (João 14,12). Ninguém pode ser santificado, sem entregar sua vida por Jesus e pelos irmãos. Honrar um santo significa reconhecer a força transformadora da Palavra de Deus, que santifica quem a aceita e a coloca em prática.

O santo é para os cristãos um exemplo de quem testemunhou sua fé no seguimento de Jesus. Nós, católicos, temos a alegria de abrir nosso álbum de família – a nossa família na fé – e contemplamos uma fileira de heróis na fé, os santos, nossos irmãos e amigos, que conseguiram servir a Deus com fidelidade e, junto de Deus, pedem por nós. Santos e santas, rogai a Deus por nós!

Entre os santos de Deus está, em primeiro lugar, Maria, a mãe de Jesus (Mateus 2,1; Marcos 3,32; Lucas 2,48; João 19,25).



Imagens e Idolatria

Muitos se perguntam: os católicos adoram imagens? A resposta é: NÃO! Nunca as adoraram, sempre as valorizaram. As imagens valem o que vale uma foto; ela pode estar gasta, mas recorda um ente querido. Os católicos não adoram imagens; somente as utilizam para lembrar de alguém que é maior, e a isso se chama de veneração e NÃO de adoração. O sentido das imagens católicas está na linha da serpente de bronze que Deus mandou Moisés esculpir (Números 21,8-9), segundo a explicação dada em Sabedoria 16,7: ”e quem se voltava para ele (o sinal da serpente), era salvo, não em virtude do que via, mas graças a Ti, ó Salvador de todos”.


a) Imagens permitidas na Bíblia:

A Bíblia apresenta, muitas vezes, o mistério de Deus através de imagens: e a primeira imagem quem a fez foi o próprio Deus, ao criar o ser humano à sua imagem e semelhança (Gênesis 1,27;2,7). O mesmo Deus manda Moisés fazer dois querubins de ouro e colocá-los por cima da Arca da Aliança (Êxodo 25,18-20). Manda Salomão enfeitar o templo de Jerusalém com imagens de querubins, palmas, flores, bois e leões (1Reis 6,23-25 e 7,29). O Novo Testamento também apresenta o mistério de Deus através de imagens: a imagem de Jesus como cordeiro digno de receber a forca e o louvor (Apocalipse 5,12). Quando do batismo de Jesus, o Espírito Santo é apresentado em forma de pomba (Mateus 3,16) e, no dia de Pentecostes, com línguas de fogo (Atos 2,1-3).

Jesus ensinava através de imagens: “Eu sou o bom pastor” (João 10,14). Os primeiros cristãos vão representar Jesus desenhando um Bom Pastor com a ovelha nos ombros. Olhando esta imagem, eles não adoravam um pastor, mas pensavam na ternura de Deus que, em Jesus, busca a ovelha perdida. Representar algo por imagem ou símbolo era comum na Igreja primitiva, sobretudo em tempos de perseguição. Por muito tempo, as pinturas dos santos e de cenas bíblicas nas Igrejas foram o único livro que os cristãos mais simples puderam ler e entender.


b) Imagens proibidas na Bíblia, idolatria:

A Bíblia, então, não proíbe as imagens? Sim,
proíbe quando sua finalidade é servir à idolatria: “Eu sou o Senhor teu Deus, que te fez sair do Egito, da casa da escuridão. Não terás outros deuses diante de minha face. Não farás para ti escultura alguma do que está em cima dos céus, ou abaixo sobre a terra, ou nas águas, debaixo da terra. Não te prostrarás diante deles e não lhes prestarás culto” (Êxodo 20,2-5). Em várias passagens bíblicas se repete esta proibição de não adorar outros deuses e nem fazer deuses fundidos (Êxodo 34,14-17; Deuteronômio 7,5).

Podemos perceber que ídolo designa imagem feita para ser adorada como deus, como faziam os pagãos com suas divindades. Para os judeus, as imagens dos deuses são os próprios deuses pagãos. Os povos vizinhos dos judeus acreditavam em muitos deuses e faziam imagens deles. Geralmente, estes deuses, criados pelo próprio homem, serviam de apoio ao sistema injusto e cruel que maltratava o povo, em especial os pobres. Em Israel não se podia fazer imagem de Deus, não se podia imaginar como Deus era, pois Ele é invisível e ninguém nunca o tinha visto. Do Deus verdadeiro não se faz imagens, porque todas as imagens são inadequadas para Javé. Dos falsos deuses se faziam imagens que eram chamadas de ídolos; eram rivais de Javé. Idolatria é a exclusão do Deus verdadeiro, substituindo-o por um falso deus.

O ídolo estava sempre ligado a um sistema de corrupção e opressão, levando a sociedade à divisão e à guerra por causa da ganância pela terra, bens materiais e dinheiro, fama, prazer e poder. Estes, sim, são os verdadeiros ídolos que afastam a pessoa do Deus verdadeiro, competindo com Ele no coração (cf. Mateus 4,1-10; Lucas 4,1-12).


Portanto: Deus parece, mas não é incoerente, já que num lugar da Bíblia manda fazer imagens e noutro lugar o teria proibido. A imagem, hoje, mais do que nunca, faz parte da linguagem humana e é representação de pessoa, coisa, idéia. A Bíblia fala de imagens algumas vezes para denunciar a idolatria, outras vezes para mostrar o quanto a imagem é necessária para entendermos, por meio do Filho, o próprio Pai: “Ele (Jesus) é a imagem do Deus invisível...” (Colossenses 1,15).

Os primeiros cristãos, martirizados aos milhares porque se recusaram a adorar imagens de deuses falsos, estudaram a Bíblia com atenção. Eles não tiravam esses textos que proíbem imagens de seu contexto. Comparando-os com outros textos bíblicos, ficaram convencidos de que Deus proíbe imagens de deuses falsos, adoração de ídolos que representem falsos valores, os quais induzem ao pecado. É o que faziam os povos vizinhos de Israel. Mas Deus não proíbe fazer outras imagens que contribuem para exaltar sua glória e poder. O II Concilio de Nicéia, no de 787, defende a veneração das imagens (pintura e escultura) de santos pelos cristãos e o uso de símbolos nas celebrações litúrgicas. O mesmo fez o Concilio Vaticano II, mantendo o culto às imagens conforme a tradição (LG 67), contanto que seja em número comedido e na ordem devida (SC 125).


Texto:
Cônego Pedro Carlos Cipolini - Doutor em Teologia (Mariologia); professor titular da PUC–Campinas; membro da Academia Marial de Aparecida